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domingo, agosto 05, 2012

Suiá Missú: Dono de silos vê prejuízo de R$ 1 milhão

por Rodrigo Vargas

Em imagens de satélite, a estrutura é a que mais chama a atenção no traçado urbano do Posto da Mata. Para quem chega à localidade pela BR-158, sua silhueta prateada é a primeira a ser avistada.
O complexo de silos de soja pertencente ao gaúcho Valdecir Moresco, 33 anos, é a maior das duas plantas para armazenamento de soja instaladas na área de Marãiwatsede.
Com capacidade para estocar até 200 mil sacas de uma só vez e estrutura para movimentar até 600 mil sacas por ano, a planta pareceu a ele um bom negócio em 2009, quando chegou à região.
“Antes de comprar, a gente fez o levantamento da região e viu até um mapa da Funai dizendo que a área indígena não era aqui. A gente acreditava que isso aqui nunca ia ser de índio”, admite.
O registro do lote, segundo ele, é “inquestionável”. “A escritura vem do registro torrens e acaba em mim. Nasceu em 1974, não em 1998. Eu nunca acreditei que a gente fosse perder”.
Ele ainda não acredita que irá perder, mas já contabiliza prejuízos em razão da indefinição trazida pela ameaça de desintrusão. “A clientela sumiu. Hoje o meu prejuízo passa de R$ 1 milhão.”
A estrutura, que gerava 38 empregos, hoje abriga 12 funcionários. Ele diz que, se tiver que sair, não terá condições de desmontar os silos. “Não tenho dinheiro porque não consigo trabalhar.”

Fonte: Diário de Cuiabá

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